quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Resenha - Avantasia em SP

ÉPICO. É com essa palavra que inicio minha resenha do show (ou melhor, espetáculo) realizado pelo Avantasia, na última segunda-feira, 13 de Dezembro, em São Paulo, único show no Brasil.


A "Metal Opera" liderada pelo carismático Tobias Sammet já havia passado por aqui em 2008, mas dessa vez tivemos um atrativo especial, que com certeza motivou muito mais headbangers e admiradores da boa música a enfrentarem a chuva e trânsito caótico de São Paulo para chegar ao longínquo e desconhecido
"Centro de Tradições Nordestinas": Michael Kiske, o lendário ex-vocalista do Helloween, marcando seu retorno aos palcos depois de cerca de 18 anos, e pela primeira vez em terras tupiniquins.
Ao lado de Kiske, tivemos as não menos importantes participações de Jørn Lande (Masterplan), Kai Hansen (Helloween, Gamma Ray), Bob Catley (Magnum) e Amanda Somerville (Aina), além dos instrumentistas Sascha Paeth (Heavens Gate, Aina, Virgo, etc, e também renomado produtor) e Oliver Hartmann (At Vance, possuidor de uma voz fantástica) nas guitarras, Robert Hunecke-Rizzo (Aina) no baixo, Miro Rodenberg (Aina, Kamelot) nos teclados e Felix Bohnke (Edguy) na bateria.


O show teve início às 20h30, com a música Twisted Mind, faixa de abertura do álbum The Scarecrow. Em seguida, a faixa-título do full-lenght citado, que contou com a primeira participação da noite: Jørn Lande adentrou o palco com seus "passos de carangueijo" característicos e sua voz rasgada e devastadora.
Promised Land e Serpents In Paradise vieram logo após, agitando ainda mais o público, que compareceu em bom número ao CTN.


The Story Ain't Over acalmou um pouco os ânimos, contando com Bob Catley dividindo os vocais com Sammet, num belo e emocionante momento. Até que, finalmente, é chegada a hora: Michael Kiske surge na parte superior do palco, para a execução de Reach Out For The Light e a épica The Tower. Que voz!
Impressionante como seu timbre e alcance em quase nada mudaram desde os tempos do Helloween, indiscutivelmente um dos vocalistas mais talentosos da história do Heavy Metal.


A "cereja do bolo" vem em seguida: Kai Hansen, o único convidado que faltava, surge com uma cartola em Death Is Just A Feeling, fazendo os vocais originalmente gravados por Jon Oliva (Savatage). Logo após vieram Lost In Space, In Quest For (com Catley) e Runaway Train (com Catley e Lande). Em Dying For An Angel, as partes gravadas por Klaus Meine (Scorpions) foram cantadas com maestria por Kiske, para então, Tobias deixar o palco e Stargazers ser executada com Lande, Kiske e Hartmann dividindo os vocais, outro ponto alto do espetáculo.


Tobias e Amanda intercalam suas vozes na bela Farewell e The Wicked Symphony encerra a primeira parte do show. Após um breve intervalo a banda retorna, ao som de The Toy Master, novamente com Kai Hansen nos vocais, dessa vez fazendo as partes gravadas por Alice Cooper. Para o encerramento uma trinca matadora: Shelter From The Rain e Avantasia com Kai na guitarra e Tobias / Kiske dividindo as vozes (devo acrescentar que é emocionante ver os ex-companheiros de Helloween lado a lado no palco novamente, depois de tantos anos), fechando com Sign Of The Cross emendada em The Seven Angels (apenas o refrão), com todos os músicos no palco, numa grande festa e celebração ao Heavy Metal.
O único porém fica por conta dos intermináveis discuros do Sr. Sammet, que apesar de cômicos, no geral, de tão longos tornaram-se um pouco chatos e cansativos.


Não há muito mais o que ser dito. Tobias Sammet merece os parabéns por reunir em uma mesma tour tantos músicos talentosos e renomados, sem dúvida foi uma tarefa árdua conciliar a agenda de todos, então meus parabéns para o excelente trabalho dele e toda sua equipe! Mais um espetáculo memorável e épico, que ficará para sempre registrado na memória de cada um que esteve ali presente!


SETLIST
1. Twisted Mind
2. The Scarecrow
3. Promised Land
4. Serpents in Paradise
5. The Story Ain't Over
6. Reach Out for the Light
7. The Tower
8. Death Is Just a Feeling
9. Lost in Space
10. In Quest For
11. Runaway Train
12. Dying for an Angel
13. Stargazers
14. Farewell
15. The Wicked Symphony
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16. The Toy Master
17. Shelter From the Rain
18. Avantasia
19. Sign of the Cross / The Seven Angels



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Vocalistas de Heavy Metal - Parte 1

Salve metalheads!
Ultimamente não ando muito inspirado para postar aqui, mas enfim... hoje trago-lhes uma matéria que julgo bastante interessante, sobre alguns dos grandes vocalistas desse nosso amado Heavy Metal! Essa é a primeira parte de não sei quantas, mas vou tentar abordar uma boa quantidade de cantores excepcionais!


BRUCE DICKINSON


Eterno vocalista do Iron Maiden, Bruce também integrou as bandas Samson e Speed, ambas oriundas do movimento NWOBHM, e como artista solo gravou 6 álbuns de estúdio, 2 ao vivo, além de singles e coletâneas. Apelidado de "Air Raid Siren", Bruce é famoso por sua impressionante extensão e potência vocal, sendo admirado até por grandes cantores de ópera, como o finado Luciano Pavarotti.







RONNIE JAMES DIO


Esse lendário cantor ficou famoso por integrar 2 das maiores bandas de Hard Rock/Heavy Metal dos anos 70/80, Rainbow e Black Sabbath, e posteriormente lançar-se em uma bem-sucedida carreira solo, sob o nome
de Dio. Dono de uma voz singular, predominantemente grave, potente e agressiva por natureza, o baixinho infelizmente nos deixou em Maio de 2010, vítima de um câncer no estômago.







ROB HALFORD


O "Metal God" dispensa maiores apresentações. Vocalista do Judas Priest, Fight e Halford, é um dos mais versáteis cantores do estilo, utiliza as mais diversas técnicas vocais em suas músicas, passeando entre os graves e os agudos de forma totalmente natural. É mundialmente famoso pela capacidade de alcançar notas muito altas, principalmente nos tempos áureos do Priest.







GEOFF TATE


É o frontman da pioneira do Heavy Metal Progressivo, Queensrÿche. Assim como Rob Halford, sua principal característica são os altíssimos agudos, sendo inclusive uma das principais influências do Power Metal, de cantores como Michael Kiske (Helloween) e Andre Matos (Viper, Angra, Shaman). Em paralelo à sua carreira com o Queensrÿche, Tate lançou também um álbum solo, no ano de 2002, sem grande repercussão.







ERIC ADAMS


Um dos "tenores do metal", Eric é vocalista da banda Manowar. Possui um impressionante alcance vocal, que desde sua estréia em "Battle Hymns" já podia ser claramente notado. Seu timbre e forma de cantar são únicos e  inconfundíveis, e ele é capaz de executar com maestria tanto músicas mais lentas (ex: Heart Of Steel) quando mais pesadas e agressivas (ex: Wheels Of Fire).




segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Resenha - Twisted Sister em São Paulo

Salve headbangers!
Após uma semana sem postar nada aqui, estou de volta, com uma longa e detalhada resenha do maravilhoso show do Twisted Sister no Via Funchal, que ocorreu no último sábado, 27/11. Peguei algumas fotos "emprestadas" do Whiplash, UOL e Rock Online...
Enjoy!


Antes de começar essa resenha, gostaria de convidar o amigo leitor a uma breve volta no tempo, mais especificamente à Novembro de 2009, pouco mais de um ano atrás, quando o Twisted Sister desembarcou pela primeira vez em nosso país. A expectativa era grande, porém, por motivos alheios à minha vontade, não pude comparecer ao show. Ah, e claro, lendo os comentários e resenhas posteriores (todos elogiando calorosamente a apresentação), minha angústia e remorso por não ter ido aumentavam cada vez mais.

A vida parecia não mais fazer sentido (destaque para a ênfase dramática!), até que foi anunciada uma nova tour da banda por aqui, num intervalo de apenas 1 ano! Pois é meus amigos e amigas, a vida me deu uma segunda chance!!! A mim e a outros infelizes bastardos que perderam o show anterior!

Pois bem, voltando aos dias atuais... finalmente chega o tão esperado 27 de Novembro de 2010, quando o Twisted Sister se apresenta novamente no Via Funchal, casa localizada na Vila Olímpia, bairro nobre de São
Paulo. Dessa vez o show seria diferente, pelo menos na parte visual: a banda deixou de lado sua maquiagem característica, utilizando como vestimenta "apenas metal e couro" (palavras dos próprios integrantes).
Mais tarde seria comprovado que esse fato não faria a menor diferença no resultado final. (pelo menos na opinião desse que vos fala!)


Os portões abriram-se pouco após as 20h, e quando o relógio marcava 20h40, teve início o show de abertura do Salário Mínimo, uma das bandas pioneiras do "Hard n' Heavy" nacional, que iniciou suas atividades em 1979, participou da lendária coletânea S.P. Metal (1984) e gravou sem debut, "Beijo Fatal" em 1987. Após uma longa pausa durante os anos 90/2000, a banda retomou atividades em 2007. Da formação original restaram China Lee (vocais) e Junior Muzilli (guitarra), acompanhados pelos ótimos músicos Daniel Beretta (guitarra), Diego Lessa (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria, também integrante do King Bird).

Fizeram, como sempre, uma excelente apresentação, mesclando músicas do novo álbum, "Simplesmente Rock", de 2009, com clássicos dos anos 80, como "Cabeça Metal", "Dama da Noite" e "Beijo Fatal". China inclusive brincou, dizendo que havia se tornado evangélico, e ajoelhou-se para fazer uma "oração" contra o pagode, sertanejo e afins, momento hilário! A última música executada foi "Jogos de Guerra", após cerca de 40 minutos de apresentação, provando mais uma vez o valor do Salário na cena metal do Brasil. Vale destacar que a banda teve uma ótima recepção, como dificilmente vemos em shows de abertura.

SETLIST
01 - Eu Não Quero Querer Mais
02 - Beijo Fatal
03 - Delírio Estelar
04 - Sofrer
05 - Cabeça Metal
06 - Dama da Noite
07 - Anjo
08 - Noite de Rock
09 - Jogos de Guerra


Enquantos o público aguardava ansiosamente, clipes do Motörhead eram exibidos no telão, anunciando o vindouro show do trio comandado por Lemmy Kilmister em Abril do ano que vem.

Passados poucos minutos das 22h, já com a casa bastante cheia (porém não lotada), as luzes são reduzidas e o clássico do AC/DC, "It's A Long Way To The Top (If You Wanna Rock N' Roll)" começa a rolar nos PA's.
Todos já sabiam o que isso significava...


Após a ótima "introdução", Eddie "Fingers" Ojeda e Jay Jay French (guitarras), Mark "The Animal" Mendoza (baixo), A.J. Pero (bateria) e o emblemático Dee Snider (vocais) adentram o palco ao som de "What You Don't Know (Sure Can Hurt You)", faixa de abertura do primeiro álbum do grupo, "Under The Blade".

Daí em diante o que se viu foi uma enxurrada de clássicos despejada sobre os aficcionados metalheads presentes. "The Kids Are Back", "Stay Hungry", "Captain Howdy" e "Shoot 'Em Down" vieram em seguida,
mostrando uma banda impecável, liderada com punhos de aço pelo Sr. Snider, um dos maiores frontmen da história do rock, sem sombra de dúvidas! Além de Dee, todo o grupo tem uma boa presença, Mark espancando seu baixo, Jay Jay aproximando-se da platéia o tempo todo, fazendo caras e bocas, A.J. esmurrando a bateria e Eddie mais contido, porém sempre eficiente.


Mais 2 petardos são executados com perfeição, "You Can't Stop Rock N' Roll" (que teve seu refrão bradado incessantemente pela grande maioria dos presentes) e "The Fire Still Burns". Nesse momento, Jay Jay fez questão de rasgar elogios ao público brasileiro, dizendo que o Brasil foi o único país sul-americano a receber 2 shows da banda, enquanto Argentina, Chile e Bolívia teriam apenas um.

Logo após, o primeiro grande momento de interação entre banda e público: "We're Not Gonna Take It", provavelmente a música mais conhecida do quinteto. A energia que Dee Snider e cia. passam é algo indescritível! Em diversos momentos, o canto em uníssono da platéia encobria a banda, algo impressionante e raro de se ver hoje em dia!


Mais um momento memorável ocorreu em seguida, quando Dee falou da morte de uma das grandes lendas do Heavy Metal, seu "amigo e herói", Ronnie James Dio. A próxima canção seria dedicada à ele, então o quinteto mandou uma versão absolutamente matadora de "Long Live Rock N' Roll", clássico do Rainbow. O público foi à loucura, e ouvir Dee Snider cantando essa música com tamanha perfeição foi de arrepiar, era como se o baixinho tivesse encarnado nele! Vale destacar que, no alto de seus 55 anos, o vocalista continua com a voz impecável, cantando com a mesma técnica, garra e energia de sempre!

O set continou com "I Am (I'm Me)", "Under The Blade" e "The Price", essa última responsável por mais um grande momento do show, onde as luzes foram apagadas e todos levataram seus celulares e isqueiros, formando uma bela imagem.


Durante a pesada "Burn In Hell", o frontman ajoelhou-se no palco, diante de uma luz vermelha, como se estivesse cantando no próprio inferno, lembrando muito o que Dio costumava fazer em "Heaven And Hell". No meio da música foi incluído um competente solo de A.J. Pero, com direito a trechos de clássicos do rock e baquetas com pontas de neon, causando um interessante efeito visual.

Para encerrar a primeira parte do set, nada melhor que o mega-clássico "I Wanna Rock", o momento máximo de interação banda/público da noite! É impossível descrever em palavras o que aconteceu ali, os próprios membros da banda mostravam-se claramente felizes e emocionados!


A banda então deixa o palco, mas em pouco tempo já é possível ouvir nos PA's a famosa intro que diz: "Twisted Sister, Come Out And Play...", precedendo o petardo de mesmo nome, levando novamente os metalheads ao delírio! "S.M.F.", faixa que fecha o clássico "Stay Hungry", foi a responsável pelo encerramento do espetáculo, onde a banda, novamente, elogiou imensamente nosso país, agradecendo o público por fazer do Brasil sua "segunda casa".

Um fato inquestionável é que cada um dos "Sick Motherfuckers" presentes saíram plenamente satisfeitos do local, após mais uma apresentação memorável e inesquecível do Twisted fuckin' Sister em terras tupiniquins! E que venha o próximo!


SETLIST
01 - What You Don't Know (Sure Can Hurt You)
02 - The Kids Are Back
03 - Stay Hungry
04 - Captain Howdy
05 - Shoot 'Em Down
06 - You Can't Stop Rock N' Roll
07 - The Fire Still Burns
08 - We're Not Gonna Take It
09 - Long Live Rock N' Roll (Rainbow)
10 - I Am (I'm Me)
11 - Under The Blade
12 - The Price
13 - Burn In Hell / Solo de bateria
14 - I Wanna Rock
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15 - Come Out And Play
16 - S.M.F.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

At War

Saudações roqueiros velozes!
Hoje trago-lhes um post sobre uma banda de Thrash Metal norte-americana que gosto muito, porém infelizemente não tem o devido reconhecimento... falo do grande At War, quem não conhece, vale a pena conferir!


O At War é uma banda de Thrash/Speed Metal formada em 1983, em Virginia Beach, EUA, por Shawn Helsel (guitarra), Dave Stone (bateria) e Paul Arnold (baixo e vocal). As letras do grupo falam predominantemente sobre guerras e morte.
Em 1985 lançam sua primeira demo, intitulada “Eat Lead”, e participam da coletânea “Speed Metal Hell”. Recebendo ótimas críticas, a banda chega a ser chamada de “a resposta americana ao Motörhead”, devido à semelhança na sonoridade de ambas.

“Ordered To Kill”, o primeiro full-lenght do trio, é lançado em 1986, contendo 7 composições próprias e um cover de “The Hammer”, música da sua eterna influência, o já citado Motörhead. No mesmo ano, participam novamente da coletânea “Speed Metal Hell”, em sua segunda edição.
Após a turnê do primeiro álbum, a banda lança “Retalliatory Strike” em 1987, outra obra-prima do gênero, em seguida excursionando para divulgá-lo.
Entre o final dos anos 80 e começo dos 90 começam os problemas para a banda, incluindo rompimento de contrato com a gravadora. Em meados de 1994 gravam o sucessor de “Retalliatory Strike”, porém, insatisfeitos com o resultado, nunca chegam a lançar o material.
Durante um longo período, o At War permanece em pausa, porém a banda nunca acabou oficialmente.

Finalmente em 2006 a banda retorna à cena com força total, ainda em sua formação original. Em 2008 começa o trabalho de composição de seu novo petardo, “Infidel”, lançado em 2009, e dessa forma a banda passa por um período de ascensão, realizando shows na Europa (incluindo grandes festivais como Thrash Assault II Festival e Headbangers Open Air, ambos na Alemanha), México, Japão e outros.
Em agosto de 2010 o At War desembarcou em terras tupiniquins pela primeira vez, realizando shows memoráveis e brutais em São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte!

VÍDEOS
Ordered To Kill (ao vivo em Osaka)



Rapechase (ao vivo em New York)



Boa semana a todos!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Agenda de Shows!

Saudações headbangers!
Segue a agenda de shows para o fim de semana... muito Heavy Metal para todos!


19/11 - Andre Matos - SESC Santo André


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19/11 - Red Front, Murder, ChimeraH, Kanvass e Omitah - Fofinho Rock Bar - São Paulo


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20/11 - Bomb Threat, Madhouser, Criminal Mosh, Chemical Disaster, Nuclear Decimation - Seven Beer Bar - São Paulo


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20/11 - Critical Fear, Social Chaos, Facción De Sangre, Sactor e Violent Illusion - Espaço Cidadão do Mundo - São Caetano do Sul

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Resenha - Raven e Steve Grimmett (Grim Reaper) em São Paulo!

Saudações!
Esse post é pra quem aprecia a verdadeira essência do Heavy Metal clássico! No último sábado estive presente no show de 2 lendas do saudoso metal britânico, e trago a vocês a resenha desse evento, espero que gostem!


Uma verdadeira celebração à NWOBHM em São Paulo! Assim podemos definir a primeira edição do Metal Attack, que aconteceu no Carioca Club, em Pinheiros, contando com as ilustres presenças das lendas Raven e Steve Grimmett (eterno vocalista do Grim Reaper).


Com um atraso de aproximadamente 40 minutos, o primeiro a subir ao palco é o carismático Steve Grimmett, que assim como em sua passagem anterior pelo Brasil, contou com músicos brasileiros em sua banda de apoio. A noite iniciou-se com a fantástica dobradinha "Rock You To Hell" e "Night Of The Vampire", levando à loucura muitos saudosistas e fãs do Heavy Metal clássico. Dalí em diante foi um petardo atrás do outro, num repertório 100% composto por músicas do Grim Reaper (que, inclusive, foi idêntico ao apresentado ano passado, no Inferno Club, também em SP), como "Wrath Of The Ripper", "Fear No Evil", "Liar", "All Hell Let Loose", "Matter Of Time", "Final Scream", entre outras. Após pouco mais de 1h de show, havia apenas uma música capaz de encerrar essa apresentação: "See You In Hell", maior clássico da banda inglesa, que teve seu refrão bradado por todos ali presentes.

Houveram alguns pequenos erros, tanto da parte da banda como do próprio Grimmett, que infelizmente não mais possui aquela potência e alcance impressionantes de outrora, mas ainda segura a barra muito bem, e seu carisma e simpatia com o público são impagáveis! Sem dúvidas um show memorável, mas o melhor ainda estava por vir...


A ansiedade para o show do Raven era grande, e já tomava conta de todo o recinto. O "power trio", formado em 1974, foi um dos pioneiros desse movimento intitulado New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM), mas mesmo com tantos anos de estrada, faria naquele momento sua primeira apresentação no Brasil.


Por volta das 21h20, o palco é tomado pelos insanos irmãos John e Mark Gallagher (baixista/vocalista e guitarrista, respectivamente), além do baterista Joe Hasselvander. "Take Control" deu início ao espetáculo, seguida por "Live At The Inferno" e "All For One". É impressionante a energia e garra que esses senhores possuem, despejando aos sedentos metalheads clássicos como "Rock Until You Drop", "Faster Than The Speed Of Light", "Speed Of The Reflex", "Mind Over Metal" e outras, além de composições mais recentes, "Breaking You Down" e "Long Days Journey".O único porém, em minha opinião, fica para os longos solos de baixo (que foram 2) e guitarra, que apesar de executados com maestria, esfriaram um pouco o clima. Porém, nada que ofuscasse a brilhante apresentação. Durante o bis, mais um momento marcante: a banda executa um medley com "Break The Chain", interligada a trechos de clássicos como "Symptom Of The Universe" (Black Sabbath), etc, quando Steve Grimmett é convidado a juntar-se ao Raven na execução da explosiva "Born To Be Wild", do Steppenwolf. Momento histórico!


"Break The Chain" é retomada e encerra o medley, com a banda deixando o palco, totalmente ovacionada pelo público. As portas do Carioca Club se abrem, indicando o término do show, porém a banda retorna ao palco para executar o último som da noite, a agitada "Crash Bang Wallop". Durante essa música ocorre um fato vergonhoso: as cortinas começam a se fechar com a banda ainda tocando! O motivo seria a pressa da casa em encerrar, pois haveria um evento de pagode logo após. Ridículo!


O show se encerra às 23h em ponto, após 2 apresentações fantásticas de grandes lendas do Heavy Metal britânico. Não há palavras para descrever um evento dessa magnitude, a importância de uma "celebração metálica" como essa! É uma pena que a maioria não entenda isso, o verdadeiro espírito do Metal!
E que venha o próximo Metal Attack, nós headbangers agradecemos!


SETLIST

Steve Grimmett
1.  Rock You To Hell
2.  Night Of The Vampire
3.  Lust For Freedom
4.  Wrath Of The Ripper
5.  Liar
6.  Fear No Evil
7.  Never Coming Back
8.  Rock Me 'Til I Die
9.  All Hell Let Loose
10. Now Or Never
11. Lay It On The Line
12. Matter Of Time
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13. Final Scream
14. See You In Hell


Raven
1. Take Control
2. Live At The Inferno
4. All For One
5. Breaking You Down
6. Rock Until You Drop
7. Solo Guitarra

8. Speed Of The Reflex / Run Silent, Run Deep / Mind Over Metal
9. Long Days Journey
10. Faster Than The Speed Of Light
11. On And On
12. Don´t Need Your Money
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13. Solo Baixo
14. Break the Chain / Roadhouse Blues / Born To Be Wild (c/ Steve Grimmett) / Symptom Of The Universe / Break The Chain (reprise)
15. Crash Bang Wallop

domingo, 14 de novembro de 2010

Resenha - Halford em São Paulo

Salve metalheads, bom domingo a todos!
Ontem tive o prazer de presenciar uma aula de Heavy Metal clássico, com Raven e Steve Grimmett (Grim Reaper), e no embalo do metal tradicional, trago hoje a vocês uma resenha de outro show fantástico que assisti há algumas semanas: Halford, vulgo "Metal God", no Carioca Club, em SP! Confiram!


9 anos após sua primeira apresentação solo no Brasil, ocorrida no Rock In Rio, em 2001, Rob Halford retorna aos palcos brasileiros, mostrando mais uma vez que seu talento vai muito além dos sucessos do Judas Priest.

O local escolhido para o show foi o Carioca Club, que ultimamente tem recebido uma grande quantidade de bandas de Heavy Metal e Hard Rock. Com capacidade para cerca de 2.000 pessoas, o local ficou pequeno para o público do "Metal God", que praticamente lotou as dependências da casa.

Por volta das 20h15, o telão localizado no centro do palco é removido e assim podemos ver o emblemático Halford, estático, enquanto a introdução rolava nos PA's.
O show então tem início com a poderosa "Ressurection", seguida por "Made In Hell". Impressionante como canta esse senhor, no alto de seus 59 anos! Voz impecável, dancinhas de gosto suspeito e muito carisma, sempre conversando e interagindo bastante com o público.

Vale destacar também a fantástica banda que o acompanha, formada por "Metal" Mike Chlasciak e Roy Z nas guitarras, Mike Davis no baixo e Bobby Jarzombek na bateria, que executaram tudo com garra e precisão cirúrgica!


O repertório foi calcado no novo álbum, o ótimo "Halford IV - Made Of Metal" e no primeiro trabalho solo, "Ressurection". Além de canções como "Locked And Loaded", "Made Of Metal", "Undisputed", "Golgotha" e outras, foram apresentadas "Jawbreaker e "Heart Of A Lion", ambas do Priest, a espetacular "Nailed To The Gun", do Fight, e os covers "The Green Manalishi (With The Two-Pronged Crown)", do Fleetwood Mac, e a bela "Diamonds And Rust", de Joan Baez. A primeira parte da apresentação terminou com a trinca "Like There's No Tomorrow", "Thunder And Lightning" e "Cyberworld".

Durante o bis, alguém da platéia jogou uma camiseta da banda Dio no palco, e Rob, num gesto honroso, ergueu-a, em forma de homenagem ao falecido vocalista. Nesse momento, o Carioca Club veio abaixo. Emocionante!

O show encerrou-se com a enérgica "Saviour", após cerca de 1h30 do mais puro Heavy Metal, deixando todos os headbangers presentes satisfeitos e com um grande sorriso estampado no rosto, afinal não é todo dia que temos a oportunidade de conferir de perto uma lenda dessa magnitude!
Vida longa ao "Metal God"!



SETLIST

1. Resurrection
2. Made In Hell
3. Locked And Loaded
4. Drop Out
5. Made Of Metal
6. Undisputed
7. Nailed To The Gun (Fight)
8. Golgotha
9. Fire And Ice
10. The Green Manalishi (With The Two-Pronged Crown) (Fleetwod Mac/Judas Priest)
11. Diamonds and Rust (Joan Baez/Judas Priest)
12. Jawbreaker (Judas Priest)
13. Like There's No Tomorrow
14. Thunder And Lighting
15. Cyberworld
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16. Heart of a Lion (Judas Priest)
17. Saviour

VÍDEOS

Ressurection / Made In Hell



Diamonds And Rust

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Agenda de shows do fim de semana!

Saudações!
Hoje trago a agenda de shows para o fim de semana.Os principais destaques ficam para a apresentação das lendas Raven e Steve Grimmett (Grim Reaper), juntos, em São Paulo; e a turnê conjunta das bandas extremas Vader e Ragnarok.


VADER E RAGNAROK

12/11 - Abertura: Hammurabi e Esgaroth - Hangar 110 / São Paulo



13/11 - Abertura: Defacer - Lapa Multishow / Belo Horizonte


14/11 - Abertura: Spiritual Carnage, Necropsy Room e Ressonância Mórfica - DCE da PUC / Goiânia



15/11 - Bar Opinião / Porto Alegre

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13/11 - Raven e Steve Grimmett (Grim Reaper) - Carioca Club / São Paulo



14/11 - Steve Grimmett (Grim Reaper) - The Rio Rock & Blues Club / Rio de Janeiro


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13/11 - Restos de Nada, Condutores de Cadáver, Invasores de Cérebros e Garotos do Subúrbio - Hangar 110 / São Paulo